segunda-feira, 14 de maio de 2012

150 ANOS DE GUSTAV KLIMT

                  PINTURA DE GUSTAV KLIMT - Mãe e Filho - abaixo biografia deste pntor muralista do final século 19.




Os 150 anos de nascimento de Gustav Klimt

Retirado do blog  http://www.50emais.com.br/ da jornalista desde a década de 70

foto_maya, Maya Santana trabalhou em O Estado de Minas, O Estado de São Paulo e na BBC de Londres.




"O Beijo" é a pfincipal tela do artista austríaco

Gustav Klimt tinha 45 anos e morava com a mãe e duas irmãs quando realizou o que seria sua obra-prima e uma das pinturas mais populares da História da arte, “O beijo”, de 1908. Filho de um ourives, usou ouro para envolver os protagonistas da tela que, hoje, leva cerca de seis mil pessoas todos os dias ao Museu Belvedere, em Viena, na Áustria. A instituição é o centro do chamado Ano Klimt — em 2012, museus pelo mundo preparam exposições para lembrar os 150 anos de nascimento do artista.



A partir de 13 de julho, o Belvedere, dono da maior coleção de pinturas do artista, apresenta “O beijo”e outras 23 obras de Klimt. Em Nova York, a Neue Galerie acaba de abrir mostra com desenhos, fotos e pinturas, entre elas, outra das mais importantes do artista, “Retrato de Adele Bloch-Bauer I” (1907).




"A Árvore da Vida", outra obra conhecida do austríaco

Além de Belvedere e Neue, Klimt está em exposição no Museu de Viena, desde 16 de maio, com obras do início da carreira (1880) até sua morte (1918). O Leopold e o Albertina Museum, ambos em Viena, também têm em cartaz mostras com obras do artista.


Mais um exemplar da festejada obra de Klimt

— Klimt estava muito à frente de seu tempo em termos da representação do corpo e da sexualidade. Era um grande cronista de uma camada mais alta da sociedade, na Belle Époque. E, ao mesmo tempo, um artista que percebe as lições de Picasso e Matisse, a complexidade, a fragmentação, e joga com elas. Ele tinha um pé no século XIX e outro no XX, o que o torna uma figura fascinante — diz o diretor-adjunto da Neue Galerie, Scott Gutterman. Leia mais emwww.oglobo.com.br





BIOGRAFIA (TEXTO RETIRADO DA FOLHA ON LINE - GRANDES MESTRES DA PINTURA)

Biografia - Gustav Klimt (1862-1918)

Fantasias douradas

Colaboração para Folha Online

Em 1894, ao receber a incumbência de pintar três grandes painéis para o teto do auditório da Universidade de Viena, o artista Gustav Klimt provocou escândalo. Os professores e diretores da Universidade de Viena ficaram chocados. Acharam que aquilo era uma provocação, um emaranhado caótico e sem sentido de imagens, algumas delas supostamente beirando a pornografia.

Ao representar as figuras da Filosofia, da Medicina e da Jurisprudência -- os três cursos da Universidade --, Klimt deixara de lado o estilo que o consagrara até ali. Entre outras obras, ele já havia assinado a decoração do teto e das escadarias laterais do imponente Teatro Municipal de Viena, além de ter finalizado o projeto de decoração do Museu de História da Arte da cidade. Era, portanto, quase uma espécie de muralista oficial, filiado à Sociedade dos Artistas Vienenses.

Mas, dessa vez, nos painéis da Universidade, lançara mão de alegorias inusitadas, em que corpos nus femininos eram apresentados em poses tidas como obscenas, enquanto os rostos, com olhos semicerrados e bocas entreabertas, passavam um ar de lascívia e de uma mórbida sensualidade. Sem falar que, ao abandonar o olhar realista e adotar os maneirismos da art nouveau, Klimt provocou duplo espanto entre os tradicionalistas.

Em 1906 conheceu Egon Schiele em cuja obra exerceu grande influência.

A polêmica teve início em 1900, quando Gustav Klimt, já rompido com a conservadora Sociedade dos Artistas Vienenses, passara a dirigir uma entidade dissidente, a Secessão de Viena. Em uma exposição patrocinada pelo novo grupo, exibiu o primeiro dos três painéis, A Filosofia. Alvo de acirradas controvérsias, prosseguiu no trabalho durante mais alguns anos, aem 1905 retirou os painéis e devolveu seus honorários , após receber uma saraivada de críticas que extrapolou os muros da Universidade e reverberou na imprensa local.. O último painel, A Jurisprudência, foi concluído somente em 1907.

Livre das amarras oficiais, Klimt deu prosseguimento a sua carreira com uma dose ainda maior de liberdade. Deixou a Secessão para, com outros colegas, fundar o chamado Grupo Klimt. Apesar do escândalo dos painéis para a Universidade, tornou-se o artista predileto da sociedade local, destacando-se como um retratista original, especializado em pintar rostos femininos envoltos em uma esmerada ornamentação, o que viria a se tornar uma marca registrada.

Seus trabalhos mais famosos pertencem à chamada "fase dourada", na qual mais uma vez retratou preferencialmente mulheres, de forma quase figurativista, mas em que as figuras humanas são adornadas por espirais, arabescos, pequenos objetos e formas geométricas. O aspecto naturalista das mãos e corpos contrasta com o fundo exuberante e fantasioso.

Barbudo, na maioria das vezes envolto em uma túnica escura sem colarinho, Gustave Klimt tornou-se uma figura exótica, célebre por seus muitos casos amorosos. Ao longo de muitos anos tentou, sem sucesso, ser admitido na Academia de Arte de Viena. Só em 1917, aos 55 anos, recebeu o devido reconhecimento, ao ser eleito membro honorário daquela entidade. Não houve tempo, contudo, para desfrutar de tal homenagem. No início do ano seguinte, em janeiro, sofreu um ataque de apoplexia e morreu quase um mês depois.


Um comentário:

Anônimo disse...

Amei!!!!! Obrigada por compartilhar estes conhecimentos!

Abraços,

Nayra