sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Giverny - Casa de Monet e jardim




Vídeo mostrando os Jardins da casa de Monet em Giverny -

 Sintam-se na França e observem o colorido maravilhoso de um jardim onde Monet dedicava muito do seu tempo e dinheiro.

tEtevTEXTO SOBRE JARDIM DE MONET E PAISAGISMO retirados do Blog  http://jardimdemonetpaisagismo.blogspot.com.br/2010/05/jardins-x-homem.html


Monet  não organizou nem desenhou seus jardins: ele  plantava as flores de acordo com suas cores e as deixou crescer de forma livre. Com o passar dos anos ele passou a se interessar cada vez mais por botânica, e dizia que seu dinheiro ia todo em seu jardim.

O homem vem modificando a paisagem desde sua existência e os Jardins são relatados já nos primórdios, com o enigmático Jardim do Éden, caracterizado como o “Paraíso”. Como está descrito no Gênese, este era um local onde as árvores floresciam constantemente, o clima era agradável onde “tudo que era agradável de ser visto e bom como alimento” crescia. O específico design e a localização do Jardim do Éden tem sido motivo de controvérsia por séculos.
Para os tradutores do antigo testamento “jardim”, “parque” e “paraíso” são sinônimos. Ë interessante verificar que para a maioria das religiões e civilizações antigas os locais descritos como paraíso e de felicidade eterna são sempre jardins.

Apaixonado pela natureza, o pintor impressionista francês Claude Monet (1840-1926) iniciou o seu próprio jardim logo que se mudou de Paris para Giverny, em 1883. A natureza, as flores e a luz brincavam de revelar e esconder as cores e os aromas, fascinando o artista e criando o início de uma relação de cumplicidade, emoção e arte. Arte ao ar livre.


O Jardim de Monet está dividido em duas partes: um jardim de flores denominado Clos Normand em frente à casa (imagem da casa à esquerda) e um jardim aquático japonês que fica do outro lado da estrada. Os dois jardins são contrastantes e complementam um ao outro.

O Clos Normand de aproximadamente um hectare foi transformado por Monet num jardim cheio de perspectivas, simetrias e cores. A área foi dividida em dois canteiros de flores onde espécies de várias alturas criam o volume. Árvores frutíferas e ornamentais são apoios para roseiras trepadeiras, além de coloridos grupos de flores anuais. Existe uma mistura de flores silvestres com espécies mais raras.





O jardim aquático fica num terreno comprado por Monet em 1893, 10 anos depois de sua chegada à Giverny. Este terreno é cortado por um pequeno riacho, o Ru. Com o apoio da Prefeitura, Monet logo construiu ali uma lagoa para plantas aquáticas, ainda que isso tenha sido motivo de reclamações da vizinhança que achava que as plantas poderiam envenenar a água. O jardim aquático é cheio de assimetrias e curvas e foi inspirado em desenhos de jardins japoneses que Monet colecionava avidamente.


Somente do Jardim d’Água, Monet pintou mais de 272 obras catalogadas, durante 20 anos de trabalho. A sua ponte japonesa foi retratada 45 vezes, com diversas luzes e cenários naturais. 

No final de sua vida, o artista havia plantado mais de 1.800 espécies de flores e plantas, que conviviam em harmonia singular.
Hoje em dia, o jardim-patrimônio deixado por Monet, preservado como na época do mestre, pode ser contemplado em Giverny, na França. Ele nos faz entender a relação do artista com as suas obras e pensar na emoção de nossa própria relação como verde, impondo-nos a necessidade de uma constante preservação da maior obra de arte doada à humanidade, a natureza.
Nas cidades contemporâneas, a vegetação se constitui em um dos mais sensíveis, visíveis e tangíveis elementos naturais. Quer ela se encontre em praças e parques, ao longo de avenidas ou no fundo de quintais, ela apresenta um grande potencial a melhoria da qualidade de vida em nossas cidades.

Além de possibilitar uma contribuição valiosa do ponto de vista psicológico, criando um ambiente urbano mais agradável para se viver, a vegetação também auxilia na moderação de muitos extremos existentes nos microclimas urbanos. Ela ajuda na conservação de recursos de solo e água, e pode ser usada como filtro natural a regular pó, ruídos e ofuscamento típicos da atmosfera urbana. Ela também oferece alimento, abrigo e condições de reprodução para pássaros e pequenos mamíferos, que não só melhoram a qualidade do ambiente natural, mas também aumentam as oportunidades para o homem interagir com a natureza



                         PAISAGISMO
“É uma especialidade multidisciplinar de ciência e arte que tem por finalidade ordenar todo o espaço exterior em relação ao homem e demais seres vivos”.
Paisagismo, é a arte de recriar a vegetação nos meios de convívio da sociedade, reaproximando o homem do seu elemento de origem: a NATUREZA.
O paisagismo é arte porque as plantas, pela sua diversidade de formas, cores e texturas, possuem grande riqueza plástica. A arte consiste em se criar, harmonizando essas características, numa composição de valor estético.
O paisagismo é ciência porque é eclético e envolve conhecimentos de diversas áreas como Biologia, Agronomia, Arquitetura, Ecologia, Engenharia.

Segundo Burle Marx, o “Jardim é sinônimo de adequação do meio ecológico para atender às exigências naturais da civilização. Fazer jardins é muitas vezes, realizar microclimas, harmonizá-los, mantendo sempre viva a concepção de que, nessas associações, as plantas se colocam lado a lado, quase numa relação de necessidade. O importante é um jardim ecologicamente bem sucedido, adaptando-se à paisagem e ao clima local”.


Um jardim ao ser planejado precisa ter um traço definido, que o identifique, dentro de uma leitura paisagística, com uma estética predefinida. É fundamental, num jardim, saber combinar as plantas, com suas diferentes formas de apresentação, com os elementos que irão compor o jardim, com água, pisos, bancos, outras construções, sempre considerando as condições ambientais. Burle Marx conclui ainda que: "A sistematização consciente ou intuitiva desses elementos é que permite ao homem evocar, por exemplo, a 'terra natal' (homem pré-histórico) em contraposição a todas as outras que vier a conhecer."



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