sábado, 10 de março de 2012

METAESQUEMAS

Hélio Oiticica -"concrete art", "art concret"

Jogo utilizado, entre o site:    http://www2.tvcultura.com.br/artematematica/int08.html
 Jogo interativo de memória visual auditiva, utilizando um Metaesquema do Hélio Oiticica.
Vários trabalhos de Arte e Matemática serão desenvolvidos a partir dessas brincadeiras.
Utilizei um aluno comandando do net book e dois grupos clicando nos retângulos que apareciam no telão.Ouvia-se uma música  a cada toque, simulando um tablet gigante. A turma torcia para os grupos e também participava.Foi bem divertido, trabalhei com  todas as turmas, despertando o interesse para o abstracionismo geométrico Concretismo. Ver abaixo da figura, a definição de Concretismo retirada do portal São Francisco.
Depois cada aluno irá fazer seu metaesquema, desenhando e pintando a guache, como  Helio Oiticica fez em cartões, ou recortar e colar em papel colorido. Trabalho final: -Mosaico de Metaesquemas- identificando, medindo e classificando os ângulos que surgiram. Matematica e Arte andando juntas

METAESQUEMA COM FOTOS DE ALUNOS

Para conhecer mais os Metaesquemas  entre nos sites abaixo:

http://www.heliooiticica.org.br/home/home.php - site projeto Hélio Oiticica

http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/encic
lopedia/ho/index.cfm?fuseaction=detalhe&pesquisa=simples&cd_verbe
te=4481 - site do Itaú cultural

Abaixo texto explicativo sobre os "metaesquemas", pintados durante o período construtivista desse artista e retirado do Blog  do jornalista Marcelo Savignano:
http://percipiencias.blogspot.com/2010/01/os-metaesquemas-de-helio-oiticica.html 





Pinturas utlisando metaesquemas individuais: 9o. ano





  

 






 


OS METAESQUEMAS DE HÉLIO OITICICA   











É atraente pensar num garoto carioca, de vinte e poucos anos, no fim da década de 50, querendo escarafunchar as relações entre cor, linha, estrutura e plano nas artes plásticas.
Os relatos da investigação dessas relações começam a ser grafados em retângulos pintados de guache sobre um cartão. Adiante, começam a surgir outros cartões com outros retângulos, e outras figuras geométricas, em diferentes tamanhos, contornos, cores, preenchimentos e disposições no plano do papel.
Hélio Oiticica, o garoto em questão, nomeava esse experimento realizado entre 1957 e 1958 de metaesquemas.
Provindas de um cálculo matemático rigoroso, essas produções esquemáticas se conectam incondicionalmente aos preceitos do construtivismo, linguagem que posteriormente Oiticica passaria a desprezar.
Contudo, são nesses metaesquemas que o artista descobrirá as estruturas que vão levá-lo a desenvolver suas obras de terceira dimensão, como os bilaterais e os relevos espaciais (1959).

Ver abaixo a definição de Concretismo retirada do portal São Francisco.


Concretismo é um abstracionismo geométrico que procura, através de cores e linhas, um movimento perceptivo vibratório. O espectador, ao contemplar a obra, vai sentir certas vibrações e modificações perceptíveis nas imagens da composição.Traz semelhanças com o Suprematismo e o Construtivismo.





Concretismo
Max Bill. Harmonie der Saulen, 1979. Litografia.
Concretismo procura sintetizar as teorias abstratizantes e científicas da Arte Moderna. É bidimensional, levando a pintura de volta superfície do quadro, como fez Mondrian no Neo-plasticismo.
No Brasil, a primeira Bienal de São Paulo(1951) estimula muitos artistas a engajarem-se na linguagem despojada e geométrica da arte concreta.
A aplicação prática do Concretismo foi a programação visual e o design industrial.Destacam-se os brasileiros Ivan Serpa, Lígia Clark e Hélio Oiticica.
Concretismo
Ivan Serpa. Formas, 1951. Óleo sobre tela.
Concretismo
Ivan Serpa. Faixas Ritmadas, 1953. Tinta industrial sobre hard board.
Internacionalmente, destacam-se Max Bill, Josef Albers e Bruno Munari.
Concretismo
Max Bill. Double surface with six rectangular corners (Moebius), 1948-78. Granito.
A arte concreta é precursora do movimento “op-art”.
Fonte: www.diretoriodearte.com
Concretismo
Concretismo é um movimento de vanguarda na música erudita e nas artes plásticas que surge na Europa nos anos 50. Na literatura, a primeira manifestação oficial se dá no Brasil. O movimento defende a racionalidade e rejeita o Expressionismo, o acaso e a abstração lírica e aleatória. Não há intimismo nas obras, nem preocupação com o tema. A idéia é acabar com a distinção entre forma e conteúdo e criar uma nova linguagem.
Na década de 60, poetas e músicos envolvem-se com temas sociais. De modo geral, é uma ligação pessoal, sem destaque na obra, a qual se preocupa mais com a inovação da linguagem.
Muitos artistas, porém, defendem a afirmação do poeta russo futurista Vladímir Maiakóvski (1893-1930) de que não há arte revolucionária sem forma revolucionária.
O movimento surge oficialmente no cenário artístico internacional em 1954, quando começam a funcionar regularmente os cursos da Escola Superior da Forma em Ulm, na Alemanha. Baseia-se na produção e na teoria de vários artistas ligados ao Abstracionismo geométrico, sobretudo do suíço Max Bill (1908-). Eles exigem racionalidade, desfazem a distinção entre figura e fundo e enfatizam a linguagem do design. Usam régua para conceber as pinturas. As esculturas têm formas geométricas.
Nos anos 60, o Concretismo e as tendências do Abstracionismo geométrico originam a op art (arte óptica), uma arte abstrata em que efeitos ticos confundem forma e fundo e distorcem a profundidade. Muitas obras são criadas em preto-e-branco. Várias dependem da luz ambiente e de movimento para produzir os efeitos pretendidos. O nome mais significativo é o do húngaro radicado na França, Victor Vasarely (1908-).
Nascida oficialmente no Brasil, com a obra dos poetas Augusto de Campos (1931-), Haroldo de Campos (1929-) e Décio Pignatari (1927-), a poesia concreta alcança expressão também em países europeus, no Japão e nos Estados Unidos (EUA).
Caracteriza-se pelo abandono do verso, da importância do tema e da expressão de emoções íntimas. Explora o som e a disposição das letras no papel, em busca de efeito gráfico, eliminando a direção tradicional de leitura. Na composição do texto, podem ser usados vários tipos de letra.
Eventualmente a impressão é feita em cores. Entre os precursores da poesia concreta estão os poetas franceses Guillaume Apollinaire (1880-1918), Stéphane Mallarmé (1842-1898), o norte-americano Ezra Pound (1885-1972), os futuristas e os dadaístas.
Concretismo na música aparece em 1948, com Pierre Schaeffer, (1910-1995). As composições são criadas com base nas sucessivas montagens de fitas com sons do cotidiano, como vassouras em fricção no chão, água escorrendo da torneira, barulhos de rua.
No início, o Concretismo na música tem caráter aleatório.
Depois, adota os critérios rígidos que marcam o movimento nas artes plásticas e na poesia.
O resultado é a música eletrônica desenvolvida na Alemanha.
Concretismo nas artes plásticas ganha força após a exposição das obras de Max Bill, vencedor da 1ª Bienal de Artes de São Paulo, em 1951, e do lançamento do manifesto Ruptura no ano seguinte. O líder do movimento é Waldemar Cordeiro (1925-1973). Fazem parte do grupo inicial Geraldo de Barros (1923-1998) e Luís Sacilotto (1924), que também antecipam características da op art.
Na literatura, o primeiro número da revista Noigandres, em 1953, marca a união dos criadores da literatura concreta - Augusto de Campos, Haroldo de Campos e Décio Pignatari. Mas só na segunda edição, em 1955, é que se publica o primeiro poema integralmente concreto, Poetamenos, de Augusto de Campos, feito em 1953.
Na década de 60, realizam-se experimentações formais com palavras ligadas a problemas sociais. Poetas concretos destacam escritores esquecidos, como é o caso de Sousândrade (1832-1902), e valorizam o trabalho de tradução como uma recriação poética. Exercem também influência sobre compositores ligados ao Tropicalismo.
Concretismo na música é bem recebido no país, mas na época não há estúdio que faça esse tipo de composição.
Fonte: www.spiner.com.br

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